
Deputado federal foi preso suspeito de mandar matar Marielle
Por Pedro Rafael Vilela* - Repórter da Agência Brasil
      O presidente do partido União Basil, Antonio de Rueda, pedirá à        Comissão Executiva Nacional da legenda abertura de processo        disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão. O        parlamentar, eleito pelo estado do Rio de Janeiro, foi preso na        manhã deste domingo (24) acusado de ser um dos mandantes dos        assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018.
      "Embora filiado ao União Brasil, o deputado federal Chiquinho        Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido        ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar. O        União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima        terça-feira, dia 26 de março. O estatuto do Partido prevê a        aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação        partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência",        diz a nota enviada à imprensa pela assessoria do partido.
      De acordo com fontes ligadas à investigação, foram presos        Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de        Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (União        Brasil-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.        Chiquinho estava no segundo mandato consecutivo de deputado        federal.
      A prisão dos suspeitos ocorre menos de uma semana depois de o        Supremo Tribunal Federal (STF) homologar o acordo de delação        premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, executor dos        assassinatos. Por envolver político com foro privilegiado, como é        o caso do deputado federal Chiquinho Brazão, o caso passou a ser        conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes.  
      Domingos Brazão disse, em entrevista ao UOL em janeiro deste        ano, que não conhecia e não lembrava da vereadora Marielle Franco.
      Já Chiquinho Brazão divulgou nota no dia 20 de março, depois        que a acusação de ser o mandante vazou na imprensa, afirmando        estar "surpreendido pelas especulações" e que o convívio com        Marielle sempre foi "amistoso e cordial".
      A reportagem tenta contato com as defesas dos acusados presos        para atualizar as posições de cada um.
      *Colaborou Sumaia Villela, editora da Radioagência Nacional.
    
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