
Nomes dos três presos na operação constam da delação de Ronnie Lessa
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil | Edição: Juliana        Cézar Nunes
      Os irmãos Domingos Brazão (foto) e Chiquinho Brazão, além do        delegado Rivaldo Barbosa, foram presos neste domingo (24)        apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, que        vitimou também o motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em        março de 2018. Os três foram presos no Rio de Janeiro, de forma        preventiva, na Operação Murder, Inc., deflagrada pela        Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio        de Janeiro (MPRJ) e Polícia Federal (PF).
      Os nomes dos três presos na operação constam da delação de        Ronnie Lessa, executor do crime em que Marielle perdeu a vida. De        acordo com Lessa, os três detidos teriam sido os mandantes do        crime. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do        Supremo Tribunal Federal (STF).
      A família Brazão pertence a um importante grupo político do        estado do Rio de Janeiro. Ex-deputado na Assembleia Legislativa do        Rio de Janeiro (Alerj), Domingos é conselheiro do Tribunal de        Contas do Estado (TCE-RJ), cargo do qual ficou afastado depois de        ser preso, em 2017, na Operação Quinto do Ouro, acusado de receber        propina de empresários. Essa prisão se deu no âmbito de        desdobramento da Lava Jato no estado.
      O irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, é deputado federal pelo        União Brasil, além de foi empresário e comerciante. Nas eleições        de 2018, foi candidato a deputado federal pelo Avante e elegeu-se        com 25.817 votos. Já o delegado Rivaldo Barbosa era chefe da        Polícia Civil à época do atentado contra Marielle Franco.        Atualmente, desempenha a função de coordenador de Comunicações e        Operações Policiais da instituição. Os três já foram levados para        a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
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| Brasília- DF 24-03-2024. Chiquinho Brazão deputado Federal. Foto Lula Marques | 
A operação de hoje engloba ainda 12 mandados de busca e        apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas        do Estado. Documentos, além de celulares e computadores dos        presos, foram levados para a sede da PFRJ. As investigações        apontam que a morte de Marielle está relacionada à expansão da        milícia no Rio de Janeiro.
      Domingos Brazão disse, em entrevista ao UOL em janeiro deste        ano, que não conhecia e não lembrava da vereadora Marielle Franco.
      Já Chiquinho Brazão havia divulgado nota no dia 20 de março,        depois que a acusação de ser o mandante vazou na imprensa. A nota        diz que ele estava "surpreendido pelas especulações" e afirmou que        o convívio com Marielle sempre foi "amistoso e cordial".
    
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