Licitação do Conselho Federal de Medicina para comunicação digital está há dois anos sem solução e expõe lentidão na gestão da autarquia



Edital lançado em 2023 ainda não teve empresa vencedora, comprometendo a modernização da comunicação institucional

Brasília – O Conselho Federal de Medicina (CFM), uma das autarquias mais importantes do país na regulação da atividade médica, mantém aberta desde 2023 a Concorrência nº 02/2023, voltada à contratação de uma empresa especializada em comunicação digital. Apesar da relevância do serviço proposto, o processo segue sem conclusão há dois anos, revelando um possível descaso com a eficiência administrativa e a necessidade de atualização nos canais institucionais.

Aberta oficialmente em 15 de abril de 2024, a licitação prevê a contratação de uma empresa para atuar na criação, planejamento, monitoramento e manutenção de ações digitais do Conselho. No entanto, até o momento, não há registro público de uma empresa vencedora ou de avanços concretos para o encerramento do certame.


Consequências da ineficiência


A demora na conclusão da licitação afeta diretamente a imagem institucional do CFM, que permanece com comunicação digital limitada e desatualizada em um momento onde a informação precisa, ágil e acessível é fundamental, principalmente na área da saúde. Sem uma estratégia de comunicação eficiente, o Conselho deixa de ocupar espaços essenciais no debate público e perde a oportunidade de esclarecer dúvidas da população e posicionar-se com força diante de pautas médicas e científicas.

A ausência de campanhas digitais coordenadas e ações de comunicação moderna também prejudica a transparência e o relacionamento do CFM com a sociedade e a imprensa, contribuindo para um distanciamento entre a autarquia e a opinião pública.


Morosidade levanta dúvidas


A falta de desfecho após dois anos de abertura da licitação gera questionamentos sobre os critérios técnicos, a gestão interna do processo e a prioridade dada à comunicação institucional dentro do Conselho. Em um cenário em que diversas autarquias já modernizaram suas estruturas de mídia e presença digital, o CFM parece caminhar na contramão da evolução.


Oportunidade desperdiçada


A contratação de uma empresa especializada poderia representar um salto significativo na capacidade do Conselho de dialogar com a sociedade, combater fake news, divulgar campanhas de prevenção e valorização da medicina, e oferecer informação técnica em linguagem acessível. Entretanto, com o impasse prolongado, essa oportunidade segue desperdiçada, e os avanços que poderiam estar em curso continuam no papel.


A licitação aberta há dois anos sem resultado é mais do que um dado burocrático: é um retrato da ineficiência administrativa que compromete a imagem e a missão pública do Conselho Federal de Medicina. A comunicação digital, que deveria ser uma aliada da ética, da ciência e da transparência, segue sem estrutura adequada. E enquanto isso, o silêncio institucional grita.

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