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| Lojas no Shopping Jardim Botânico, Brasília, DF - Foto: Dênio Simões | 
No acumulado de 12 meses, houve aumento de 14,3%
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
      O mercado brasileiro de franquias registrou crescimento nominal        de 19,1% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo        período do ano passado. O faturamento do setor passou de R$ 50,854        bilhões para R$ 60,560 bilhões. No acumulado de 12 meses, houve        crescimento de 14,3%, com o faturamento passando de R$ 218,962        bilhões para R$ 250,367 bilhões. Os dados são da Pesquisa        Trimestral de Desempenho, realizada pela Associação Brasileira de        Franchising (ABF). Segundo a entidade, o crescimento é resultado        de fatores sazonais e do forte desempenho dos segmentos de        alimentação (tanto comércio e distribuição, quanto food service) e        serviços e outros negócios.
      "Entre os fatores sazonais, destaque para o dia a mais em        fevereiro e, principalmente, a Páscoa ter caído este ano no 1º        trimestre, o que, associado a maior demanda por chocolates finos,        trouxe grandes resultados para as franquias de chocolate. O        cenário macroeconômico também foi fundamental para o desempenho do        setor. A elevada taxa de ocupação, o PIB no 1º trimestre, a queda        (ainda que lenta) da taxa Selic e a inflação mais controlada        estimularam uma maior disposição da população que aqueceu o        consumo", analisa a ABF.
      Na opinião do presidente da ABF, Tom Moreira Leite, a taxa        expressiva de crescimento das franquias no período reflete a        fortaleza do setor, que continua em jornada de expansão e busca        por eficiência e novos modelos de negócio. "O cenário positivo não        elimina desafios importantes no setor, como ajustar operações        omnichannel [vários canais de comunicação], acompanhar a constante        mudança do comportamento do consumidor e, principalmente,        equacionar a elevada carga tributária, a pressão inflacionária e a        quitação de compromissos financeiros assumidos ao longo da        pandemia".
      Operações
      De acordo com o balanço, foram abertas 4,3% mais operações e        encerradas 1,9%, resultando num saldo positivo de 2,4%. Em relação        aos repasses, a estabilidade se manteve, como na pesquisa do mesmo        trimestre no ano passado, cujo índice ficou em 0,8% contra 1,0% em        2023. A variação no primeiro trimestre de 2024 representou um        acréscimo de 5.733 operações de franchising no país ante o mesmo        período do ano passado, totalizando 190.144 operações. Em relação        aos empregos diretos, o setor totalizou 1,658 milhão, 4,9% a mais        do que no mesmo período do ano anterior.
      Todos os segmentos registraram crescimento, sendo o de        alimentação (comércio e distribuição) o que teve mais expressão        (43,9%), alimentação food service também se destacou com um        crescimento de 26,6%, serviços e outros negócios registrou alta de        25,3%. Na sequência vieram os segmentos de entretenimento e lazer        (19,6%), casa e construção (15,8%) e saúde beleza e bem-estar        (14,7%).
      "Embora todos os segmentos tenham crescido, neste trimestre,        notamos uma maior heterogeneidade de resultados. Isso devido tanto        a sazonalidade, como a condições de cada mercado. Por exemplo, em        moda este é um período tradicional de promoções e há uma maior        concorrência no online. Já educação continua seu processo de        transformação, com o ganho de eficiência e abrangência com o        digital", disse Leite.
    
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