|  | 
| Googleplex -Google Maps / Divulgação | 
Ação busca excluir conteúdos abusivos postados por policiais
Por Agência Brasil | Edição: Nádia Franco
      O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da        União (DPU) movem ação civil pública contra o Google e        responsáveis por canais do YouTube em que foram registrados        discursos de ódio e incitação à violência. O objetivo é excluir        postagens e regular conteúdo veiculado por policiais em programas        de podcast e videocast na plataforma, para prevenir abusos no        direito à liberdade de expressão.
      A ação também quer garantir que o Estado adote as medidas        disciplinares cabíveis, regulando o uso de redes sociais por        policiais militares e fiscalize o uso indevido das plataformas por        agentes públicos, já que vem sendo  disseminadas postagens de        policiais com teor violento e discriminatório, incitando a        violência e estigmatizando comunidades pobres, negras e        periféricas.
      O caso começou a ser investigado pela Procuradoria Regional dos        Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro, por meio de        inquérito civil, após reportagens do Ponte Jornalismo – site de        jornalismo independente – destacarem o conteúdo violento veiculado        por policiais em diversos canais do YouTube, em programas de        podcast e videocast. A DPU também iniciou procedimento similar.
      "A falta de investigação sobre os eventos relatados nos vídeos        e a ausência de medidas disciplinares em relação à conduta nos        podcasts e videocasts são questões extremamente preocupantes. Essa        omissão permite que práticas prejudiciais persistam sem        consequências, minando a confiança na instituição policial e        expondo comunidades a potenciais danos", destacaram Julio Araujo,        procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto no Rio de        Janeiro, e Thales Arcoverde, defensor regional de Direitos        Humanos.
      O MPF e a DPU pediram à Justiça Federal a exclusão imediata dos        trechos mencionados na ação e a adoção de medidas pelo Google para        casos futuros. Também foi solicitada a fiscalização e moderação,        pelo Google, do conteúdo postado em canais específicos, como        Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider. O        objetivo do MPF e da DPU é que a empresa implemente um        planejamento que permita a análise contínua do conteúdo e a rápida        exclusão de material discriminatório.
      Também foi requerido à Justiça que determine que o Estado        regulamente o discurso de ódio ou perigoso por membros da Polícia        Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº 0234/2023, adotando        as medidas disciplinares em relação aos casos já mencionados e        descritos na ação judicial.
      O MPF e a DPU solicitaram ainda a condenação do Google ao        pagamento de indenização de R$ 1 milhão e, dos policiais        militares, de R$ 200 mil por danos morais coletivos.
      A Agência Brasil procurou o Google e aguarda posicionamento.
    


.gif)

.gif)