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| Foto: José Cruz / ABr | 
Sindicato diz que pelo menos 230 unidades paralisarão atividades
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
      Servidores federais que atuam na área de educação iniciarão, a        partir de quarta-feira (3), uma greve nacional por tempo        indeterminado que, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da        Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), contará        com a adesão de mais de 230 unidades de ensino em pelo menos 18        unidades federativas.
      Coordenador geral do Sinasefe, David Lobão diz que a greve        abrangerá professores e funcionários técnico-administrativos dos        Institutos federais de mais de 600 campi; Colégio Pedro II;        Instituto Nacional de Educação de Surdos; Instituto Benjamin        Constant; bem como colégios e escolas federais vinculadas ao        Ministério da Defesa.
      Além de uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%,        dependendo da categoria, os servidores pedem também reestruturação        das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; a        revogação de "todas as normas que prejudicam a educação federal        aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro"; bem como a recomposição        do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos        estudantes.
      Aprovada durante rodadas de assembleias realizadas desde o dia        18 de março em 29 seções sindicais, a greve será nacional e por        tempo indeterminado, conforme informado no dia 28 de março        documento protocolado junto aos ministérios da Gestão e da        Inovação em Serviços Públicos, da Defesa e da Educação, bem como        ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação        Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
      Governo
      Contatado pela Agência Brasil, o Ministério da Gestão informou        que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades        representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9%        para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no        auxílio-alimentação.
      "Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o        governo e servidores em oito anos", destacou a pasta, ao        acrescentar que, no segundo semestre de 2023, iniciou debate sobre        reajuste para o ano de 2024.
      Ainda de acordo com o ministério, como parte desse processo        foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.
      "A recomposição da força de trabalho na Administração Pública        Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a        execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério        da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites        orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do        Executivo Federal", informou o ministério.
      No caso específico da carreira de técnicos-administrativos        educacionais, dois ministérios (o da Gestão e o da Educação)        criaram grupo de trabalho para tratar da reestruturação do plano        para cargos técnico-administrativos em educação.
      No dia 27 de março, o relatório final do grupo foi entregue à        ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em        Serviços Públicos, para servir de "insumo" para a proposta de        reestruturação de carreira que será apresentada na mesa de        negociação.
    


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