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| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil | 
Anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade
A vacinação contra o HPV no Brasil, a partir de agora, passa          a ser feita em dose única. O anúncio foi feito pela ministra da          Saúde, Nísia Trindade, na noite dessa segunda-feira (1º). Até          então, o país utilizava um esquema de duas doses para combater a          infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.
        "Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários          tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer de          colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram          esse risco quando crescerem", escreveu a ministra em seu perfil          na rede social X, antigo Twitter.
        Nísia pediu ainda que estados e municípios façam uma busca          ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose          da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de          doses do imunizante. "O maior número desde 2018 e um aumento de          42% no número de doses aplicadas em relação a 2022".
        "Agora, temos mais vacinas para proteger nossa população          contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose          de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos,          conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)",          destacou.
        Quem pode se vacinar
        A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e          meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos          (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente;          pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de          medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45          anos.
        Testagem
        Em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao          Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em          mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A          tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e          o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que          a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos.
        A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame          conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a          cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou          por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de          Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou          a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
        A infecção
        O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente          transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador          do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que          cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no          Brasil todos os anos.
        Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser          prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a          quarta causa de morte por câncer em mulheres - sobretudo negras,          pobres e com baixos níveis de educação formal.
      

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