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| O novo presidente afirma que dias duros virão pela frente antes de estabilizar a economia argentina - Imagem: Transmissão Youtube / Divulgação | 
Recém-empossado, ele discursou em frente ao Congresso Nacional
Por Agência Brasil - EBCO recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, fez        seu primeiro discurso na frente do Congresso Nacional, onde foi        declarado presidente na manhã de hoje (10). Em suas primeiras        palavras, ele destacou que hoje se inicia um novo momento em seu        país.
      Por Agência Brasil - EBC
      "Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por        terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o        caminho de reconstrução do país", disse ele.
      "Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade        de mudança que já não tem retorno. Hoje enterramos décadas de        fracasso e disputas sem sentido. Hoje começa uma nova era na        Argentina, uma era de paz e de prosperidade, de crescimento e de        desenvolvimento, de liberdade e de progresso", destacou.
      Para uma multidão de pessoas, que vestiam principalmente a        camisa da seleção argentina, Milei falou por cerca de 30 minutos e        enfatizou que será preciso paciência da população, porque o ajuste        fiscal a ser feito deverá ser difícil no início.
      "Não há alternativa possível que não seja o ajuste. Logicamente        isso vai impactar no nível de atividade, emprego, salários reais e        na quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação, é certo.        Mas não é algo diferente do que ocorreu nos últimos 12 anos".
      "Há mais de uma década vivemos com essa inflação. Esse será o        último momento ruim para começar a reconstrução da Argentina",        disse ele. "Depois desse ajuste macro que vamos impulsionar, a        situação começará a melhorar. Haverá luz no final do túnel",        enfatizou.
      Esse ajuste na economia, declarou Milei, será feito        essencialmente sobre o setor público: "a única possibilidade é o        ajuste. Um ajuste organizado, que entrará com força sob o Estado e        não no setor privado. Sabemos que será duro", falou.
      Segundo o novo presidente, a Argentina viveu, em seus últimos        anos, uma grave crise e uma grande inflação. "Nenhum governo        recebeu uma situação pior do que estamos recebendo."
      "Lamentavelmente tenho que dizer uma vez mais: não há        dinheiro."
      Emergência
      Ele também destacou que a crise argentina não se dá somente no        setor econômico, mas atinge também as questões de saúde, de        educação e de segurança. "Em todas as esferas, a situação da        Argentina é de emergência".
      No entanto, disse ele, seu novo governo vencerá essas        dificuldades. "Sabemos que, a curto prazo, a situação vai piorar.        Mas depois veremos os frutos do nosso esforço, tendo criado as        bases para um crescimento sólido e sustentável. Sabemos que nem        tudo está perdido. Os desafios que temos são enormes. Mas temos        capacidade para superá-los. Não será fácil, 100 anos de fracasso        não se desfazem em um único dia. Mas começam em um dia e hoje é        esse dia".
      Ao final de seu discurso, Milei declarou ainda que não vai        perseguir opositores. "A todos os dirigentes políticos e        sindicais, nós os receberemos com braços abertos", disse.
      Após discursar, Milei seguiu em carro aberto para a Casa        Rosada, tendo sido saudado por diversos apoiadores que acenavam        para ele nas ruas da capital argentina.
      Na Casa Rosada, Milei deverá receber chefes de Estado, como o        presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que esteve presente em        seu discurso feito na frente do Congresso.
      O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não estará        presente na posse e enviou o chanceler Mauro Vieira para        participar do evento.
    
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