22,8% dos entrevistados sofreram furtos
qualificados (sem uso de ameaça ou violência, mas com danos, abuso da
confiança, fraude ou emprego de duas ou mais pessoas).
Apenas 0,8% foram expostos a roubos, mediante ameaça ou uso de violência.
No grupo furtado, a situação ocorreu mais de 3 vezes para 55,7% dos empresários, de 1 a 3 vezes para 17,7% e apenas 1 vez para 26,6%.
A maioria dos itens furtados foram mercadorias próprias (78,5%); equipamentos eletrônicos (19%); dinheiro (10%) e fios de cobre (8,9%). Muitos respondentes relataram o furto de vários itens diferentes em uma mesma ação criminosa.
Com relação ao volume de artigos
furtados, 43,6% dos entrevistados mencionaram perdas acima de
15 itens; 28,2% citaram de 1 a 3 itens, 21,8%, 5 a
10 itens e 6,4% de 10 a 15 itens.
Sobre o prejuízo estimado dos eventos, 34,2% calculam uma perda de até R$1.000; 27,8% contabilizam algo entre R$1.000 a R$5 mil; 19% estimam um rombo de R$5 mil a R$10 mil e 19% citam valores acima de R$10 mil.
Em 64,1% dos casos foi possível identificar os criminosos.
Mesmo assim, 68,4% dos empresários não conseguiram reaver os bens furtados.
Ainda de acordo com a sondagem,
apenas 38,5% das vítimas fizeram boletim de ocorrência.
“Infelizmente, embora a
segurança pública da nossa região, seja responsável por um dos menores índices
de crimes de violência do país, a legislação brasileira é extremamente leniente
com o bandido. Todos os dias recebemos relatos de empresários que identificam o
criminoso, a polícia consegue conduzir a prisão, mas, no dia seguinte, o
marginal já está de volta às ruas, cometendo os mesmos crimes. Enquanto não
houver uma mudança significativa em nossas leis, o crime continuará
compensando”, declarou o presidente Cícero Heraldo Novaes.
O dirigente também reiterou
total apoio ao projeto de lei (PL) 3780/23, recentemente aprovado na Câmara,
que aumenta penas para os crimes de furto, furto qualificado, roubo com lesão
corporal grave, latrocínio e receptação.
“O Código Penal brasileiro
precisa ser reformulado imediatamente. As empresas e os trabalhadores carecem
de uma Justiça criminal efetiva e combativa. Além das perdas geradas pelos atos
criminosos, os empresários têm que arcar com investimentos em segurança privada
e conviverem com um ambiente hostil. Esperamos que o Senado faça a sua parte,
aprovando o PL”, declarou Cícero.
Conheça as principais mudanças
propostas pelo projeto de lei: